A semana passada se passou sem muitas emoções – para os meus parâmetros, claro! Segunda-e terça – dias longos – começando antes das seis e terminando depois das dez. Estes seriam dias que, considerando as circunstâncias, eu suspiraria durante o dia e sonharia a noite, mas, especificamente por um “mísero” detalhe, resolvi me recolher à minha insignificância e ficar bem quietinha. Até porque eu não poderia fazer muita coisa.
E hoje penso que, a partir do momento em que você reconhece a sua própria insignificância, a vida fica mais leve com você. Você vai e faz o que precisa ser feito no seu mundinho, da melhor forma possível, sem ter a pretensão de que pode carregar o mundo nas costas e fazer tudo que bem entende, porque afinal, você não pode. E passei o início da semana assim. Quarta-feira. Quer dia mais normal que ela? Não está começando a semana e nem está terminando. Nem meu rodízio é. Quase meio-dia, naquele horário de quase-fome, meu celular toca 1 vez, com o toque mais normal. Mensagem de número desconhecido que, 97% das vezes significam “promoção da TIM”. Peguei o celular que ainda estava dentro da bolsa sem muita vontade e SURPRESA!
E tem coisa mais gostosa que uma surpresa no meio do dia? Não importa se são flores, um anel de brilhante, uma mensagem de celular ou uma declaração no mega-fone na frente do seu trabalho, daquelas bem bregas, quando se trata de uma surpresa. O importante é que seja SURPRESA! Que em nenhum momento você tenha considerado tal acontecimento!
A próxima surpresa estava reservada pelo destino para sábado! Saí cedo e fui tratar de alimentar a minha vaidade. Pé e mão esmaltados, sol no céu, saí a caminhar, repassando o roteiro do dia na minha cabeça. Diminuo o passo para atravessar a rua e para olhar aquele moço alto e bonito que vinha ao meu encontro. Olhei com atenção (mas sem óculos não adianta muita atenção!) e claaaaro! Como eu não enxerguei? Fiquei sem reação, com o coração disparado, vontade de ajeitar o cabelo, trocar as havaianas (ai, eu estava de havaianas!) pela sandália que estava dentro da bolsa. “Oi, tudo bem?” (posso morrer agora, por favor?).
Exageros à parte, eu realmente não esperava reencontrá-lo 1 semana depois, assim, sem precisar de uma operação ultra-complexa para alinhamento de agendas. E aí foram aqueles 30 segundos que passam em slow motion, como em cena de cinema! Aquele sorriso espontâneo, aquela felicidade instantânea, em que não tem como disfarçar o que está pregado na testa (de ambos!).
Depois de um final de semana de trabalho e descanso – bem morno, por sinal – a segunda-feira desta semana foi recheada de mais surpresas. Saindo do trabalho, no momento em que eu peço para todos os santos para não chover e para que não esteja um trânsito insuportável o celular toca dessa vez para marcar hora e lugar.
O que já tinha sido bom se repetiu, dessa vez dentro de casa. Sala vazia, coração cheio. Um susto depois do meu “trauma” relacionamental do último amor com o mesmo nome. Não, nenhum homem é perfeito (ufa!), mas eles são completamente diferentes. E mesmo que alguns tenham o mesmo nome, o caráter é bem diferente. E definitivamente eu ainda prefiro os homens do interior que tem tanto coragem e decência de sair da sua cidade pra trabalhar e se sustentar, como para sair de um relacionamento sério com dignidade e decência. Decência… principalmente decência! E eu não brinco com essa palavra como uns e outros! E tenho certeza que o novo amor com o velho nome também não. Tem coisas que você não precisa de convivência para saber. Se enxerga na transparência da alma e na sinceridade dos olhos.
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