quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Por hoje

Me surpreende a forma que a vida muitas vezes nos surpreende. E começo a acreditar naquela coisa de que as coisas muitas vezes acontecem quando menos se espera. A ceia de Natal passou como a do ano anterior. A noite se tornou dia com o passar das horas e pronto! Tentei não acreditar mesmo que, lá no fundo, tudo que eu queria era exatamente aquilo. Finalmente alguém que me olhava nos olhos estava diante de mim, sem ao menos eu ter procurado.
No encontro entre 2006 e 2007 aconteceu um encontro de almas. Não nos olhamos nos olhos porque a distancia não permitiu, mas nossas vontades e planos estavam completamente alinhados, eu tenho certeza. E mal começou realmente o ano, no dia 2, a distancia tornou-se inexistente e tudo, enfim, tomou seu lugar. Ou será que fui eu quem começou a tomar espaço na vida dele?
Quando o sentimento é verdadeiro, tempo e espaço são meros detalhes… E me causa estranheza o fato das coisas se encaixarem de forma tão caótica e tão perfeita. Estranheza em conseguir conviver tanto em tão pouco tempo de um jeito tão leve e tão verdadeiro.
Quatro dias pareceram quatro meses, quatro anos, talvez. Como se fizéssemos mágica ao som de flautas, com nuvens de algodão doce no céu. Tudo bem, a chuva despencava do lado de fora, mas eram dias de sol que eu via pela janela.
Tudo tão intenso, tão fora de regra, fora de compasso. Difícil acreditar que seja verdadeiro. Eu acredito que seja. Eu não acredito é que existem regras para o começo do começo. E, sinceramente, não faço questão de acreditar em começo do fim. É, nem sempre é bom viver olhando só o lado bom da vida. Mas hoje eu escolhi viver assim. Auto-engano? Nem sei… E quer saber? E se for, qual a diferença? Desejo, hoje, um dia de cada vez. E que sejam dias felizes… Na espera, na ansiedade, na duvida entre o que é e o que poderá ser.