sexta-feira, 3 de setembro de 2010

As pessoas da minha vida #6 – Ex-casos que viraram amigos

Tenho algumas amigas que seguem a máxima de que ex bom é ex morto. Se não morto, bem longe delas. Eu já tentei, mas juro que não consigo. Acho que vem da minha dificuldade em terminar relacionamentos. Eu não termino nenhum deles. Ou quase nenhum. Eu dou uma mexidinha, aparo umas arestas, me distancio alguns dias e mudo as coisas de lugar.

Não é regra, mas acontece bastante. Meus ex-casos, ex-namorados, ex-qualquer-coisa, geralmente viraram meus amigos. Tudo bem, nem sempre amigos, desses que sairão correndo pra me ver se eu for internada com pedra no rim. Mas costumo ter uma relação amigável com cada um deles. Alguns viraram amigos mesmo, desde que a gente conversa quase todo dia, conhece a namorada nova e até sai pra tomar uma cerveja.

Mas já aconteceu muito de ex ter virado amigo e, depois, quando ele começou a namorar, a frustrada e insegura da namorada fez o coitado do capacho me deletar do orkut, facebook, msn, email e o raio que o parta. E agora ele só sabe da minha vida a distância, entrando no meu blog e nos meus perfis das redes sociais escondido, e apagando o histórico da internet correndo, logo em seguida. Uma tristeza! Mas eu não tenho nada com isso. Cada um escolhe a namorada que tem. Mas é difícil acontecer. Geralmente a relação com os meus ex continuam de forma civilizada e amigável. Não precisa ser o melhor amigo e ligar para a minha mãe no dia do aniversário dela. Mas não precisa me evitar como o diabo foge da cruz.

Mas esse negócio de ser amiga de ex já causou muito mal entendido. E uma ou outra recaída. Sabe como é... Um homem e uma mulher que já sentiram algo um pelo outro, tomam uma ou algumas doses de qualquer coisa. As coisas ficam mais simples e aquela história de “relembrar é viver” fica forte e a gente não se aguenta. Tenho muitas histórias de recaídas (o que é diferente de tentar de novo, não confundam!). Tirando as recaídas – coisa normal de adulto embriagado e carente – ex caso que virou amigo já causou mal entendido, olhares de reprovação e expressões de “não estou ententendo mais nada”. Já vi expressões de susto das pessoas me vendo com ex com a atual namorada e depois virem me perguntar o que raios eu estava fazendo na mesma mesa do Fulano com a Sra. Nova Fulana, rindo e conversando. Já fui buscar namorada de ex meu no aeroporto, lá nos cafundós, pra vocês terem ideia!

Não sei por que acontece com frequencia no meu caso. Deve ser porque não guardo rancor e aceito numa boa o fim das coisas. Depois de um tempo, é claro! Porque não vem pedir pra ser meu amigo e ficar só com a parte boa, enquanto meu coração está massacrado e quebrado. Porque é querer demais. E meu estômago até aceita tempero excêntrico. Mas é melhor controlar certas coisas para não morrer de indigestão.

2 comentários:

  1. Essa máxima aí só serve para meu ex... marido!

    Meus ex-namorados, geralmente, continuam meus amigos também. Sim, não que sejam desses para quem a gente liga em momentos de apuros, mas desses com quem a gente pode sentar um dia numa ó-t-i-m-a e conversar por horas colocando o assunto em dia.

    Não, eu não tenho recaídas. Na minha estrita concepção, amigo é amigo. FDP é FDP.

    Mas ter um bom relacionamento com a história que construímos é muito saudável, muito construtivo e porque não dizer, muito gostoso. A gente conhece a pessoa, se relaciona, muitas vezes com a família, e depois queremos continuar sabendo se está tudo bem com a mãe, a irmã, os sobrinhos...

    E como não fomos criados no meio do pasto, junto com os cavalos, civilidade é algo que é sempre bem vindo.

    Larga de uma vez esse canadense e volta logo.

    Beijos

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