Vontade de gritar, extravasar, mandar praquele lugar mesmo… Apontar o dedo, os erros e os defeitos. Falar tudo, até perder o fôlego. Despejar todos os pensamentos na mesa, transbordar o que não dá mais pra guardar. Olhar por todos os ângulos, como amiga, como amante, como aquela pessoa fora de toda a confusão. Racionalmente, friamente, impulsivamente, como tudo aquilo de mais contraditório e real.
Vontade de dizer as verdades que não se pode enxergar sozinho, matar todas as desculpas que se dá a si mesmo, tentando esconder o que é tão claro. Infelizmente, algumas coisas são tão claras que nos cegam. E existe muita gente cega no mundo dizendo que enxerga melhor que nós, os míopes.
Mas não adianta… Não adianta falar nada para quem não tem ouvidos. Até porque, muitas vezes, gritar muito é sintoma de surdez! Eu queria tanto escutar…
Cada um é livre pra fazer suas próprias escolhas. Justo! Muito Justo!
Cada um é livre pra escolher sua realidade, a vida que se quer levar, se enganar, mais uma vez, seja lá com quem for. E não admitir isso tudo porque, no fundo, sabe que nada mudou. Triste…
Hoje preferi calar e chorar baixinho, só pra fazer transbordar toda a raiva que eu sinto dessa gente morna que me embrulha o estômago. Mergulhar na realidade que eu escolhi enxergar, nas desculpas que eu parei de dar a mim mesma. Na minha – e só minha – mediocridade.
Hoje minha agenda do celular (e a minha vida!) tem um nome a menos na lista. Ainda prefiro sempre começar admirando , respeitando e considerando as pessoas porque sei que posso mudar de opinião. Demoro pra decidir seja lá o que for mas quando acontece, está feito. E o que é dito, não precisa ser falado.
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