Segundo dia assim. Hoje já um pouco melhor do que ontem. Talvez seja só o simples fato da proximidade do final de semana. Chega sexta-feira e eu sei exatamente como serão as minhas noites até domingo. Facilmente previsível. Ontem o dia passou rápido, mas a aula durante a noite se tornou tão insuportável que eu precisei sair dali. Não suportei ficar mais uns minutos ao lado dele, aquele maldito celular recebendo mensagens sem parar. Meus olhos se encheram de lágrimas, sem que ele tenha notado, por três vezes, numa mistura de ódio, raiva, de querer que tudo fosse diferente, ou que nada, EXATAMENTE nada tivesse acontecido nas últimas semanas. Quarta-feira, depois de três dias só olhando (mal olhando!), sem saber de nada, sentindo que do outro lado nada existia (nenhuma gota de sentimento, talvez só migalhas), precisei me deixar de lado.
Uma certa vez escrevi algo como “tudo que eu mais quero hoje é que ele não faça mais nada do que eu sempre quis que ele fizesse”. Acho que meu desejo hoje é quase tão organizado quanto este. Mas tem uma parte minha, nem tão pequenina assim, que gostaria muito de ser surpreendida. Positivamente, é claro. Nenhuma surpresa megalomaníaca. Uma surpresa boba, um olhar de rabo de olho ou só um sorriso de canto de boca. Mas não é o tipo de coisa que se cobra. Só se quer. E é quase triste quando isso não vem. Mas tudo bem.
Da primeira vez até hoje (e nem faz tanto tempo!), muita coisa já se perdeu. Lembro ainda daquele primeiro email, depois da nossa primeira noite juntos: “disfarça o sorriso”. Quando lembro, é quase distante, mas ainda tenho aquela lembrança de disfarçar o sorriso com os lábios e meus olhos continuarem sorrindo ainda por algum tempo… Até ontem, quando acordei. E hoje, nem sei… Provavelmente, nada. Nem curioso com o meu texto no papel azul ele ficou. E o sorriso dele já é amarelo, diferente do sorriso “eu te quero” de dias atrás. Bom, pelo menos eu tentei…
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