Meu primeiro namorado sério tinha uma ex-namorada de bastante tempo. E meu primeiro namorado era irmão de uma das minhas melhores amigas e, naquela época, todo mundo andava junto. Cidade do interior é sempre assim: todo mundo ao menos se conhece e vai ser muito amigo em algum momento da vida. Ou, pelo menos, pertencer a mesma turma. E a minha turma era enorme.
Todo mundo se via todo dia pois estudávamos no mesmo colégio. Éramos do primeiro, segundo e terceiro colegial. Algumas meninas do primeiro e do segundo namoravam com meninos do segundo e do terceiro. Aí, tinham os outros que se paqueram e, ainda, aqueles que não tinham interesses amorosos no rolo todo. E eu era uma dessas. Durante os primeiros anos do colegial eu era meio anti-social e fui a última da minha turma de 15 meninas a ficar com alguém. Tudo bem que eu era a mais deslocada da turma que, enquanto todo mundo ia pro clube no meio da tarde, eu vestia a minha meia rosa e prendia meu cabelo num coque tão bem puxado que meus amigos diziam que eu até ficava meio japonesa. Minhas amigas largaram o ballet lá pelos 11 anos e experimentaram tênis, natação, academia. Mas eu persisti até os meus quase 18 anos.
Mas foi nessa época em que contávamos os minutos pro intervalo pra encontrar a turma inteira que conheci meu primeiro namorado, recém terminado com a namorada dele desde sempre. E ela era da turma, já que era namorada dele! Eu demorei uma vida pra perceber e uma outra pra deixar a coisa acontecer entre a gente. E, ainda por cima, tinha a ex-namorada que era da mesma turma.
Eu e ele começamos a ficar e o Fer era menino pra namorar. E ele sempre gostou de relacionamento sério. Acho que ele nunca teve paciência pra essa coisa de se organizar pra dar desculpa pra várias ao mesmo tempo. Começamos a namorar. A ex-namorada se afastou da turma no começo mas, com o tempo, ela voltou. Mas sempre ficava uma tensão no ar quando estávamos no mesmo ambiente. O mais estranho era que eu gostava dela! Gostava mesmo! Mas seria meio estranho conversar com ela – sem saber o que ela pensava ou se ela me xingava todo dia antes de dormir – e dizer que eu não tinha nada contra ela, apesar de estar namorando o cara que ela tinha namorado por 2 anos e queria ter continuado namorando.
Mas eu sei que um dia aconteceu de nós conversarmos. Não lembro direito se eu ainda estava com o Fer ou se já tínhamos terminado. E, além da relação civilizada, ficamos amigas depois de algum tempo. Amigas mesmo! De sairmos juntas, de dar carona uma pra outra, de chorar bêbadas, de sentir saudades. E hoje ela é mãe de um menino lindo e muito bem casada.
Essa foi a primeira vez que fiquei amiga de ex-namorada de namorado – uma variação do título do post. Tiveram também vezes que fiquei amiga da namorada do meu ex-namorado, ex-caso, tanto faz.
Como é comum eu manter uma relação amigável com os moços depois que meus namoros terminam, às vezes acontece de eu virar amiga ou só manter uma boa relação com as atuais namoradas dos cidadãos também. E, algumas vezes, acontece sem elas saberem quem eu sou! Foi assim com uma namorada de uma das minhas maiores paixões da adolescência. Cidade do interior, sabe como é! Eu só não sei como ela não sabia da história que eu tive com ele! A cidade inteira sabia. Mas enfim... Aconteceu que vira e mexe, já morando em São Paulo, quando eu ia pra cidade dos 3 S’s, eu encontrava com o casal. Sentava na mesa, contava da vida, abraçava e beijava todo mundo e saía rindo. Hoje eles nem estão mais juntos, mas vira e mexe eu ainda encontro com ela. E tiramos fotos e brindamos a vida. E, sinceramente, acho que ela sempre soube e sempre foi civilizada como eu!
Tem as namoradas dos meus ex que acabam tendo contato comigo por curiosidade. Eu também sou curiosa e já puxei conversa pra saber um pouco mais do que se passava do outro lado. Eu, como namorada, sempre preferi ficar amiga das ex dos meus namorados. Acho mais fácil ganhar a simpatia de alguém que morre de vontade de te mandar pro raio que o parta do que comprar briga. Eu sou a favor de ganhar guerra com sorrisos. E, vamos combinar, que é bem mais fácil quebrar a perna de alguém que está falando mal de mim e eu, ao invés de devolver gritando, sou educada, simpática e, ainda por cima, elogio. É horrível ser elogiada por alguém que você quer ver morta e gorda.
Bom, eu já desejei tanto ex-namorada de namorado meu como namorada de ex-namorado meu morta e gorda. Mas só por uns poucos minutos. Eu sei, no fundo, que elas não tem culpa da minha incompetência – ou incompetência deles, claro! – de ficarmos juntos. E não tenho problema nenhum com nenhuma delas. Algumas vezes, elas tem problemas comigo. Mas, me desculpa, não sou psicóloga nem mãe de ninguém pra querer sair por aí resolvendo problema de mulher recalcada e insegura, que tem certeza que não se garante.
As circunstâncias são tantas para que duas pessoas resolvam se separar que achar que o motivo é único e exclusivamente outra mulher é dar muito poder pra uma só pessoa. E pensar que foi por minha causa – ou ela pensar que foi por causa dela – é de muita arrogância. Eu prefiro poupar brigas desnecessárias e deixar o caminho aberto para que, se essas mulheres queiram se aproximar, as portas estarão abertas! Eu confio no bom gosto dos meus ex-namorados. Em alguns casos, é claro! Porque tem alguns que já fizeram trocas pra receber troco, tenho certeza!
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
As pessoas da minha vida #6 – Ex-casos que viraram amigos
Tenho algumas amigas que seguem a máxima de que ex bom é ex morto. Se não morto, bem longe delas. Eu já tentei, mas juro que não consigo. Acho que vem da minha dificuldade em terminar relacionamentos. Eu não termino nenhum deles. Ou quase nenhum. Eu dou uma mexidinha, aparo umas arestas, me distancio alguns dias e mudo as coisas de lugar.
Não é regra, mas acontece bastante. Meus ex-casos, ex-namorados, ex-qualquer-coisa, geralmente viraram meus amigos. Tudo bem, nem sempre amigos, desses que sairão correndo pra me ver se eu for internada com pedra no rim. Mas costumo ter uma relação amigável com cada um deles. Alguns viraram amigos mesmo, desde que a gente conversa quase todo dia, conhece a namorada nova e até sai pra tomar uma cerveja.
Mas já aconteceu muito de ex ter virado amigo e, depois, quando ele começou a namorar, a frustrada e insegura da namorada fez o coitado do capacho me deletar do orkut, facebook, msn, email e o raio que o parta. E agora ele só sabe da minha vida a distância, entrando no meu blog e nos meus perfis das redes sociais escondido, e apagando o histórico da internet correndo, logo em seguida. Uma tristeza! Mas eu não tenho nada com isso. Cada um escolhe a namorada que tem. Mas é difícil acontecer. Geralmente a relação com os meus ex continuam de forma civilizada e amigável. Não precisa ser o melhor amigo e ligar para a minha mãe no dia do aniversário dela. Mas não precisa me evitar como o diabo foge da cruz.
Mas esse negócio de ser amiga de ex já causou muito mal entendido. E uma ou outra recaída. Sabe como é... Um homem e uma mulher que já sentiram algo um pelo outro, tomam uma ou algumas doses de qualquer coisa. As coisas ficam mais simples e aquela história de “relembrar é viver” fica forte e a gente não se aguenta. Tenho muitas histórias de recaídas (o que é diferente de tentar de novo, não confundam!). Tirando as recaídas – coisa normal de adulto embriagado e carente – ex caso que virou amigo já causou mal entendido, olhares de reprovação e expressões de “não estou ententendo mais nada”. Já vi expressões de susto das pessoas me vendo com ex com a atual namorada e depois virem me perguntar o que raios eu estava fazendo na mesma mesa do Fulano com a Sra. Nova Fulana, rindo e conversando. Já fui buscar namorada de ex meu no aeroporto, lá nos cafundós, pra vocês terem ideia!
Não sei por que acontece com frequencia no meu caso. Deve ser porque não guardo rancor e aceito numa boa o fim das coisas. Depois de um tempo, é claro! Porque não vem pedir pra ser meu amigo e ficar só com a parte boa, enquanto meu coração está massacrado e quebrado. Porque é querer demais. E meu estômago até aceita tempero excêntrico. Mas é melhor controlar certas coisas para não morrer de indigestão.
Não é regra, mas acontece bastante. Meus ex-casos, ex-namorados, ex-qualquer-coisa, geralmente viraram meus amigos. Tudo bem, nem sempre amigos, desses que sairão correndo pra me ver se eu for internada com pedra no rim. Mas costumo ter uma relação amigável com cada um deles. Alguns viraram amigos mesmo, desde que a gente conversa quase todo dia, conhece a namorada nova e até sai pra tomar uma cerveja.
Mas já aconteceu muito de ex ter virado amigo e, depois, quando ele começou a namorar, a frustrada e insegura da namorada fez o coitado do capacho me deletar do orkut, facebook, msn, email e o raio que o parta. E agora ele só sabe da minha vida a distância, entrando no meu blog e nos meus perfis das redes sociais escondido, e apagando o histórico da internet correndo, logo em seguida. Uma tristeza! Mas eu não tenho nada com isso. Cada um escolhe a namorada que tem. Mas é difícil acontecer. Geralmente a relação com os meus ex continuam de forma civilizada e amigável. Não precisa ser o melhor amigo e ligar para a minha mãe no dia do aniversário dela. Mas não precisa me evitar como o diabo foge da cruz.
Mas esse negócio de ser amiga de ex já causou muito mal entendido. E uma ou outra recaída. Sabe como é... Um homem e uma mulher que já sentiram algo um pelo outro, tomam uma ou algumas doses de qualquer coisa. As coisas ficam mais simples e aquela história de “relembrar é viver” fica forte e a gente não se aguenta. Tenho muitas histórias de recaídas (o que é diferente de tentar de novo, não confundam!). Tirando as recaídas – coisa normal de adulto embriagado e carente – ex caso que virou amigo já causou mal entendido, olhares de reprovação e expressões de “não estou ententendo mais nada”. Já vi expressões de susto das pessoas me vendo com ex com a atual namorada e depois virem me perguntar o que raios eu estava fazendo na mesma mesa do Fulano com a Sra. Nova Fulana, rindo e conversando. Já fui buscar namorada de ex meu no aeroporto, lá nos cafundós, pra vocês terem ideia!
Não sei por que acontece com frequencia no meu caso. Deve ser porque não guardo rancor e aceito numa boa o fim das coisas. Depois de um tempo, é claro! Porque não vem pedir pra ser meu amigo e ficar só com a parte boa, enquanto meu coração está massacrado e quebrado. Porque é querer demais. E meu estômago até aceita tempero excêntrico. Mas é melhor controlar certas coisas para não morrer de indigestão.
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